Aqueles a quem chamamos de sábios repousam pacificamente nos seus lugares de acordo com o tempo e gozam o seu trabalho como sendo apropriado para a sua idade.
Tristeza e felicidade são desvios da virtude; o gostar e o desgostar são sobrecargas da mente; alegria e cólera são excessos no caminho.
Portanto o seu nascimento é a ação da natureza e a sua morte é a transformação das coisas.
Quando estiveres tranquilo, estarás mergulhado na qualidade das trevas. Quando estiveres ativo, estarás na mesma onda que a luz.
Sendo assim a mente é o mestre da forma, o espírito é a jóia da mente. Quando o corpo é trabalhado sem descanso, ele entra em colapso; quando a vitalidade é usada sem repouso, ela é exaurida. Portanto, os sábios que estão atentos a isso não ousam ser excesssivos.
Eles usam o não-ser para responder ao ser, e estão certos de que encontrarão a razão; eles usam o vazio para receber a plenitude, e estão certos de que encontrarão a medida das coisas. Eles passam a vida em pacifica e numa aberta calma, não alienando quem quer que seja nem se apegando a ninguém.
Ao abraçarem a virtude, eles são calorosos e harmoniosos, seguindo deste modo a Natureza e encontrando o Caminho, e estando perto da Virtude. Eles não começam nada procurando lucro ou algo que possa causar mal. A morte e a vida não casam mudanças no ser (eu), eis o espiritual. Com o espírito qualquer coisa que se busca pode ser encontrada, e tudo que é feito pode ser realizado.”
(in o Espírito do Tao, Wen-Tzu, Org. Thomas Cleary)