Quando me apresento a alguém como consultora de Feng Shui Tradicional (Kan Yu) e de I Ching normalmente me vejo diante de uma das quatro situações abaixo:

• Nunca ouviu falar… e quer saber do que se trata (nem sempre com genuina curiosidade…);
•  Já ouviu falar e me observa como se estivesse querendo entender como “perdi o rumo da sensatez científica” (ainda por cima tendo estudado numa faculdade!!!);
• Passa a me olhar como um “ser extraterrestre detentor de poderes mágicos” (com direito a vassoura voadora e gato preto…!);
• Ou, então, (felizmente!!!!) já consultou estas Artes e constatou a “coincidência” que ocorre, tanto quando fazemos a leitura do passado (o que se percebe das características energéticas que já se manifestaram), ou sobre o futuro (a tendência que a conjuntura energética aponta como mais provável que ocorra adiante).

Os Oráculos e as Artes Divinatórias, de um modo geral, não passam de um olhar observador sobre os sinais da mesma realidade que a “Ciência” estuda (a Natureza) e da qual fazemos parte interativa, mas com uma outra racionalidade que não a “científica”.

Sem querer entrar em discussões epistemológicas (acadêmicas…), as Artes Taoistas fundamentam-se no reconhecimento sistemático da Mutação e como tal evitam a atitude de validar qualquer observação como definitiva, já que cada observação  é, necessariamente, expressão do olhar do praticante e única no Tempo e no Espaço…

Na prática, sem deixarmos de usufruir da observação sistemática do que já ocorreu, levamos em consideração que nada permanece constante, a não ser a Mutação.

Assim, observando a Natureza como expressão dessa própria Mutação, podemos tentar entendê-la:

 “Ver as coisas não significa ver as coisas com os olhos físicos, mas com a mente. Não com a mente, mas com o princípio inerente às coisas.” (Shao Yong).

Fala sério!

Maria João