Hoje em dia o calendário oficial chinês é o gregoriano, o mesmo que utilizamos aqui no ocidente, adotado por facilitar os negócios internacionais com a China.
O Calendário dos Três Princípios e Nove Exercícios, também chamado de Calendário Taoista ou Calendário do Ciclo Sexagenário, no entanto, se mantém em uso na China, onde continua a regular as festividades tradicionais, assim como a maior parte das práticas tradicionais chinesas, entre elas as artes divinatórias (Astrologia Taoista, Oráculo do I Ching Flor de Ameixeira, Feng Shui, etc.), algumas práticas relacionadas com a saúde e a longevidade (Acupuntura, Fitoterapia, Chi Kun, Tai Chi Xuan, etc.) e o calendário religioso, para mencionar apenas algumas.
Os praticantes destas artes tradicionais consultam o Calendário dos Três Princípios e Nove Exercícios para nele buscarem informação sobre os códigos energéticos-temporais que constituem o Ciclo Sexagenário. Basicamente, o Ciclo Sexagenário é formado por vinte e dois signos energéticos, organizados segundo dois sistemas distintos (dez Troncos Celestiais e doze Ramos Terrestres), que se combinam ao longo do tempo formando sessenta possíveis configurações, as quais representam qualidades energéticas que se manifestam a cada hora dupla (na China, computamos doze horas por dia), a cada dia, a cada lua (mês chinês), ano, exercício, princípio, grande ciclo, … (e assim por diante, na linha do tempo).
A combinação de Troncos e Ramos sempre acontece entre elementos com a mesma polaridade – Troncos Yang com Ramos Yang e Troncos Yin com Ramos Yin:
Portanto, o Calendário dos Três Princípios e Nove Exercícios, através do Ciclo Sexagenário, apresenta a evolução energética no Espaço ao longo do Tempo e segundo os diferentes períodos de duração assinalados abaixo:
Desta forma, o calendário oferece informação sobre a qualidade energética de cada momento e, consequentemente, sobre o que é facilitado durante aquele espaço de tempo, e o que será momentaneamente inadequado.
Maria João Bastos