A história
Um dos pilares da Medicina Tradicional Chinesa sendo constituída em um sistema complexo e muito antigo baseado no Yin/Yang e nos 5 Movimentos, que utiliza não só elementos vegetais como também animais e minerais.
Devido a sua complexidade pretendemos aqui no espaço do blog dividir um pouco desse conhecimento por partes.
As referências são principalmente de 227a.C. em diante, após o término do período das guerras feudais pois muitos dos poucos livros existentes, já que eram escritos manualmente e a tradição oral predominava, foram perdidos. Antes desse período de guerras a medicina tinha uma estrutura familiar onde o conhecimento era passado e aperfeiçoado a cada geração e é chamado Xamanismo, onde os Wu (Xamãs) visavam a cura não só do físico mas também do espírito e dos ancestrais.
Em 1960, nos achados arqueológicos da dinastia Qin, 221 a.C. em Chang Sha vem o livro Formulações para cinquenta e duas doenças, contendo 300 fórmulas com preparações em pílulas, pó e decocção. Do período da dinastia Han (206a.C.- 220 d.C.) é o famoso clássico da fitoterapia, o Shennong Ben Cao Jing com 365 tipos de medicamentos, contendo as teorias básicas da Farmacoterapia Tradicional Chinesa e abordando questões como toxidade, métodos de combinação de medicamentos, administração e preparação. A maioria dos medicamentos descritos são usados até hoje. Shennong é considerado na China o pai da medicina, ou uma figura mitológica como “deus da agricultura”.
Durante a dinastia Ming (1368-1644) viveu Li Show Zhen, um médico renomado, que estruturou e reorganizou vários Ben Cao e escreveu o Ben Cao Gang Mu, com 52 volumes onde apresenta 1.892 medicamentos e mais de 11.000 fórmulas.
Da dinastia Han até a dinastia Qing, ou seja de 206 a.C. a 1911, existem mais de 400 Ben Cao. Depois de 1949 teve início uma reorganização com metodologia científica para o estudo da Fitoterapia na China.
Marta Hentzy